Ronaldo Fenômeno elege sócio como atacante ideal para Seleção Brasileira. Saiba quem é

O ex-atacante Ronaldo Fenômeno precisou escolher quem é o melhor centroavante do futebol brasileiro atualmente. Em entrevista à ESPN, o empresário não teve hesitação em responder e afirmou com convicção que Gabriel Jesus está à frente de todos os outros jogadores da posição.

O atacante do Arsenal competiu com nomes como Matheus Cunha, Pedro, Igor Jesus, Vitor Roque, Gabigol, Richarlison e Endrick. Na dinâmica, Ronaldo deveria escolher apenas um, e sempre optava por Gabriel Jesus.

Um fato curioso é que o escolhido de Ronaldo Fenômeno, Gabriel Jesus, tem negócios em parceria com o ex-jogador. Juntos, são proprietários da Galáticos Capital, uma empresa que se define como “multifamily office”, focada na gestão patrimonial e financeira de astros do esporte e do entretenimento.

Embora seja considerado o ideal por Ronaldo Fenômeno, Gabriel Jesus não tem um histórico tão positivo na Seleção Brasileira. Sua estreia ocorreu em 2016, quando tinha apenas 19 anos, e ele marcou dois gols na vitória contra o Equador, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo. Contudo, na Copa de 2018, não conseguiu balançar as redes.

“Eu fui para a Copa com a camisa 9, sendo o centroavante, e acabei não marcando. Isso pesa. Eu sempre vou ser lembrado por isso, não adianta o que eu faça.”

Na Copa do Mundo do Qatar, em 2022, ele retornou à competição, mas como reserva de Richarlison. Gabriel Jesus entrou nos jogos durante a fase de grupos, mas não conseguiu marcar.

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Paolla Oliveira samba em show de Diogo Nogueira em camarote da Sapucaí

Atração do camarote Folia Tropical nos intervalos dos desfiles desta segunda-feira, dia 3, Diogo Nogueira teve uma convidada mais que especial no palco: Paolla Oliveira. A atriz, que estava no espaço só assistindo o amado, não resistiu e subiu ao palco para sambar.

As aparições da atriz em shows de Diogo são frequentes, mas o sambista já brincou em entrevista ao EXTRA que precisa avisar logo aos contratantes que a participação dela não está inclusa. Afinal, é sempre voluntária.

Veja o vídeo:

Paolla fez a estreia na Sapucaí este ano em um desfile patrocinado por uma cervejaria na abertura dos desfiles do Grupo especial. Nesta segunda, foi curtir o show do namorido. Mas amanhã será um dos momentos mais especiais: o último desfile que fará como rainha de bateria da Grande Rio.

Quem é Lara Mara: dona do grito de guerra da Unidos de Padre Miguel é a mais nova diretora de escola de samba, aos 20 anos

A voz delicada e feminina de Lara Mara Rodrigues da Costa, em entrevista ao GLOBO, não lembra em nada a da mulher que comanda o carnaval da Unidos de Padre Miguel (UPM). Mas ela garante: quem dá o grito potente à frente da “boi vermelho”, como a escola é conhecida na Vila Vintém, comunidade de Padre Miguel, na Zona Oeste do Rio, é ela — algo facilmente comprovado em vídeos postados em suas redes sociais. Lara Mara admite que até ela se assusta com sua transformação ao soltar o berro que virou bordão:

— Vamos botar para foder, porra!

A mais jovem diretora de escola de samba estreou no desfile do Grupo Especial aos 20 anos, sendo a primeira a entrar na Sapucaí na noite deste domingo (02/03). Estudante do quarto ano de Direito, Lara Mara trocou o vermelho pelo branco, em homenagem a seus orixás: Oxalá e Iemanjá.

— É uma nova proposta. Uma roupa que representa algo que eu quero trazer para o desfile — disse Lara Mara, antes de cruzar a Sapucaí.

Sua maior paixão, segundo ela, é a escola da Vila Vintém. A relação começou cedo: Lara Mara cresceu dentro da quadra da vermelha e branco. Seu pai, Cícero Costa, era um dos dirigentes da agremiação quando ela nasceu.

— Há fotos minhas no colo da minha mãe, com dois meses de vida, na UPM. Fui crescendo lá dentro da quadra. Sempre fui muito curiosa. Meu pai me levava e eu queria saber de tudo. Queria ver o carnavalesco desenhando, entender a história do enredo, a cultura africana. Eu perguntava tudo. “O que é isso? Para que serve isso?”. Eu me apaixonei por aquele mundo. Eu era uma criança chata — brincou.

Ela passou pela ala das crianças, cogitou ser sambista e até porta-bandeira, mas foi nos bastidores que encontrou sua vocação. Enquanto muitos jovens sonham em tirar a carteira de habilitação, ela queria dirigir a escola.

— Aos 17 anos, comecei a tomar decisões, mesmo sem ter assumido oficialmente o cargo de diretora. Meu pai me disse que, quando eu fizesse 18, assumiria. Achei que fosse brincadeira, mas não era — contou ela, que até hoje não tem habilitação.

Na Avenida, na hora de escolher o figurino, Lara trocou as cores da escola pelo dourado, em homenagem a Oxum e à avó, Deise Mara, mulher de Celso Luís Rodrigues, o Celsinho da Vila Vintém, ex-chefe do tráfico e personalidade na escola, que cumpriu pena e está em liberdade condicional.

— Eu sei das coisas que ele fez, não sou hipócrita. Mas, graças a Deus, minha relação com ele sempre foi de avô e neta. Ele é supercarinhoso e atencioso comigo. Até se preocupa com minha exposição no carnaval. Sempre fala: “Minha filha, você quer ser advogada e tal”. Mas ele nunca interferiu nas minhas decisões — conta. — Infelizmente, as pessoas me vinculam a ele, e eu acabo sofrendo por algo que não tem nada a ver comigo.

O grito que virou bordão

O bordão surgiu em um momento de tensão na escola. Lara Mara, conhecida por perseguir a perfeição nas apresentações, estava contrariada com algo e, no calor do momento, soltou o grito.

— Eu nem sei o que acontece. Esse é o poder que o carnaval tem de transformar a gente. No dia a dia, sou tímida, não falo assim. Mas nessa época do ano, eu viro essa potência, me transformo. Quando vi o primeiro vídeo com o grito de guerra, fiquei assustada. Mas aí o pessoal gostou e passou a me cobrar — relembrou.

Outra marca registrada da diretora é a vaidade. Vestidos, penteados elaborados e maquiagem fazem parte da sua identidade. Com isso, suas postagens nas redes sociais passaram a atrair seguidores e a influenciar no segmento da beleza. Mas, quando o assunto é a escola, Lara Mara é firme em suas decisões — principalmente quando precisa dizer “não”.

— Meu cargo, geralmente, é ocupado por homens. Mas eu não preciso perder minha feminilidade para me encaixar nesse mundo. Uso vestido, maquiagem, penteado… Muitas mulheres em cargos como o meu se sentem oprimidas pelo machismo e, até, sofrem assédio. Eu penso diferente. Independente de como a mulher se veste ou se porta, ela merece respeito. A gente não precisa parecer “moleque macho” para ocupar um cargo que dizem ser de homem. Porque ninguém disse que é um cargo de homem — analisou.

‘Sempre foi líder’

Fotógrafo da Unidos de Padre Miguel há 12 anos, Diego Mendes conhece Lara Mara desde os oito anos. Ele lembra que, ainda criança, ela já demonstrava liderança.

— Ela se posiciona sobre tudo. É impressionante! O poder de decisão dela vai de coisas simples às mais complexas. Ela tem muita maturidade — comentou.

Foi ela quem bateu o martelo para a escolha do enredo “Egbé Iyá Nassô”. A história resgata a trajetória da princesa africana Iyá Nassô, que veio ao Brasil como escravizada e lutou contra a perseguição religiosa, fundando a Casa Branca do Engenho Velho, o primeiro terreiro de candomblé do país, na Bahia.

— A comunidade pediu muito para unir a cultura africana e o poder matriarcal no enredo. Essa junção representa a Vila Vintém, onde há muitas mulheres fortes — explica Lara.

O amor pela UPM

A paixão pela escola está marcada na pele: Lara Mara tatuou o símbolo da Unidos de Padre Miguel na panturrilha direita, junto à frase “O samba é o remédio da alma”.

Ela comanda uma escola com 3 mil componentes e garante conhecer cada um pelo nome. “É uma família”, define.

Após 52 anos, a UPM volta ao Grupo Especial. Até o ano passado, a escola disputava a Série Ouro, onde ficou em segundo lugar cinco vezes, batendo na trave do acesso. Em uma das apurações, Lara Mara lembra que mandou todos saírem do Sambódromo, por entender que o título deveria ser da Unidos de Padre Miguel.

A escola também se diferencia por não ter uma rainha de bateria famosa. E Lara pretende manter assim:

— Eu nunca vou colocar uma famosa à frente da nossa bateria. Esse lugar é da mulher da Vila Vintém. Eu sou muito de opinião e sempre soube me impor. Mas também respeito as outras pessoas, né?

“Não sou meu avô”

Perguntada se sua postura de comando tem influência do avô, Celso Luís Rodrigues, o Celsinho da Vila Vintém — ex-chefe do tráfico, que cumpriu pena e está em liberdade condicional —, Lara Mara responde sem rodeios:

— Eu sei das coisas que ele fez, não sou hipócrita. Mas, graças a Deus, minha relação com ele sempre foi de avô e neta. Ele é super carinhoso e atencioso comigo. Até se preocupa com minha exposição no carnaval. Sempre fala: “Minha filha, você quer ser advogada e tal”. Mas ele nunca interferiu nas minhas decisões.

Ela também lamenta o peso do sobrenome.

— Infelizmente, as pessoas me vinculam a ele e eu acabo sofrendo por algo que não tem nada a ver comigo. Acho que o maior sonho da minha vida é esse: que as pessoas não me associem ao meu avô — concluiu.

‘EUA estão virando cada vez mais uma oligarquia, com Trump e Musk no centro’

Cena 1: Donald Trump assume a presidência dos Estados Unidos, rodeado por magnatas do setor tecnológico, como Elon Musk, Mark Zuckerberg e Jeff Bezos. Ao lado deles, diversos bilionários são escolhidos para ocupar postos-chave no governo.

Cena 2: Musk, o homem mais rico do mundo, aparece de pé no Salão Oval da Casa Branca, com o presidente sentado ao seu lado. Ele explica sua missão de reduzir e reformar o governo americano, em meio a relatos de que seu poder e patrimônio aumentaram depois da eleição de Trump.

Cena 3: surge o anúncio de que a rede social X (antigo Twitter), de propriedade de Musk, concordou em pagar cerca de US$ 10 milhões (cerca de R$ 57,5 milhões) para firmar um acordo sobre uma ação judicial movida por Trump, relativa à suspensão da sua conta na plataforma, em 2021.

Uma sequência de fatos entrelaçando poder e dinheiro vem marcando os Estados Unidos, desde que Trump voltou à Casa Branca, no último dia 20 de janeiro. E, segundo o economista Robert Reich, esta situação vem transformando cada vez mais o país em “uma oligarquia”.

“Estamos perdendo nossa democracia”, alerta Reich, em entrevista à BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC. Ele foi secretário do Trabalho dos Estados Unidos, durante o primeiro mandato do presidente democrata Bill Clinton (1993-1997).

O ex-presidente americano Joe Biden lançou uma advertência similar, no seu discurso de despedida da Casa Branca em janeiro. Mas Biden evitou mencionar pessoas específicas na sua mensagem.

Reich afirma que Trump e Musk representam “o centro” dessa oligarquia que, para ele, está assumindo o controle dos Estados Unidos.

“Musk é o veículo que serve para a realização deste golpe oligárquico”, explica Reich. “Ele detém a riqueza e o conhecimento tecnológico, com as pessoas que ele trouxe para fazer o que Trump não poderia fazer com facilidade.”

Muitas pessoas levam a sério os avisos de Reich. Além de economista, ele é professor emérito de políticas públicas da Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos.

Reich também foi assessor da transição do governo de Barack Obama e é autor de diversos livros, como O Trabalho das Nações (Ed. Educator, 1994), que foi traduzido para 22 idiomas. Ele é o protagonista do documentário Salvando o Capitalismo (2017), disponível na Netflix.

Em 1994, Reich já alertava que a sociedade americana era separada em dois níveis, “com alguns poucos ganhadores e um grupo mais amplo de americanos que ficam para trás – e sua ira e desilusão podem ser facilmente manipuladas”.

A BBC News Mundo preparou uma síntese do diálogo telefônico com Reich. Confira abaixo.

Para o economista Robert Reich, em Washington, ‘o dinheiro flui’ e ‘se poderia dizer que os conflitos de interesses [hoje] são maiores do que nunca’

BBC News Mundo: No seu discurso de despedida, Biden afirmou que “está tomando forma nos Estados Unidos uma oligarquia de extrema riqueza, poder e influência, que realmente é uma ameaça” à democracia. O sr. concorda?

Robert Reich: Os Estados Unidos estão se tornando cada vez mais uma oligarquia. Estamos perdendo nossa democracia.

O governo Trump rejeitou a autoridade do Congresso sobre as nomeações, sobre os gastos, e destacou que já não se sente obrigado a cumprir as ordens dos tribunais federais.

Se um presidente já não presta atenção aos outros poderes – que são iguais, segundo a Constituição americana –, isso equivale a um golpe: uma tomada de poder de todo o governo por parte do presidente. Isso é inconstitucional.

BBC: A que o sr. se refere quando fala em oligarquia?

Reich: A oligarquia é um pequeno grupo de pessoas que, com sua riqueza e poder, governam toda uma nação.

Elon Musk, por exemplo, é a pessoa mais rica de todo o mundo. Donald Trump, no momento, é a pessoa mais poderosa de todo o mundo. Juntos, eles representam o centro da oligarquia americana.

Eles estão planejando um grande corte de impostos, cujos benefícios irão principalmente para as pessoas muito ricas dos Estados Unidos.

Eles começaram a desregulamentar o país, o que significa que as proteções de saúde, segurança e meio ambiente, que são muito importantes para evitar a espoliação das grandes corporações, não irão mais proteger o cidadão comum.

Isso é uma grande vantagem para a oligarquia, que fica ainda mais rica. Suas corporações terão resultados ainda melhores e serão mais rentáveis.

BBC: É possível argumentar que a política e o dinheiro estão entrelaçados há muito tempo nos Estados Unidos, tanto nos governos republicanos como democratas. Qual é a diferença, agora?

Reich: Você tem razão. O dinheiro vem entrando cada vez mais na política americana.

Até mesmo antes que a Suprema Corte o permitisse, tínhamos uma grande quantidade de dinheiro das corporações e indivíduos muito ricos corrompendo nossa política. Eles entravam na política americana, tanto na forma de contribuições para as campanhas, quanto de grupos de pressão e relações públicas.

Mas o que ocorreu é que as restrições que ainda permaneciam, agora, desapareceram por completo. Tudo está às claras.

As pessoas mais ricas dos Estados Unidos estão fornecendo dinheiro a Trump, Musk e seu governo de forma clara, óbvia e desafiadora.

Digo Trump e Musk quase indistintamente porque eles estão no centro desta nova oligarquia. O dinheiro flui. Seria possível dizer que os conflitos de interesse são maiores do que nunca.

Quero dizer que as pessoas que estão na alta administração, como Trump e Musk, tomam decisões que beneficiam financeiramente a eles próprios, mas não necessariamente ao público americano, quando é o caso.

BBC: O sr. pode dar exemplos?

Reich: Tenho muitos exemplos.

Donald Trump está emitindo suas próprias formas de tokens de transferência eletrônica de fundos. São instrumentos financeiros nos quais as pessoas podem investir.

Por que o presidente dos Estados Unidos não deveria emitir tokens nos quais as pessoas podem investir? Porque eles são o seu próprio negócio particular e, com ele, Trump está ganhando muito dinheiro.

Reich é uma referência nos Estados Unidos sobre temas de desigualdade e direitos dos trabalhadores

Elon Musk também está muito envolvido com as criptomoedas. E Musk e Trump são os encarregados de regulamentar as criptomoedas no futuro.

Eles têm um claro conflito de interesses, já que terão benefícios particulares se houver pouca ou nenhuma regulamentação das criptomoedas. Mas o público precisa de proteção contra isso.

Outro exemplo: Musk e Trump já transformaram o Escritório Nacional de Relações Trabalhistas [NLRB, na sigla em inglês] em um organismo ineficaz, demitindo seu presidente.

Isso permite que Musk e suas empresas tenham resultados financeiros ainda melhores. Mas potencialmente prejudica a saúde, a segurança e o meio ambiente dos americanos, bem como o direito dos trabalhadores de formar sindicatos.

Trump detém grande quantidade de interesses empresariais privados que também se beneficiam da sua desregulamentação, do congelamento dos gastos federais e da demissão possivelmente ilegal de pessoas que trabalham nos escritórios e comissões reguladoras e que, de outra forma, poderiam limitar estes benefícios.

Tudo isso é o que faz uma oligarquia. É oligarquia clássica.

BBC: O sr. atribui isso a um plano elaborado ou acredita que ocorra de forma improvisada?

Reich: Não acredito que seja improvisado.

Trump chegou ao poder com um plano muito detalhado, chamado Projeto 2025. Ele foi elaborado por muitas pessoas que haviam trabalhado no seu primeiro mandato ou que, agora, estão no segundo governo Trump. Um exemplo é o diretor do Escritório de Gestão e Orçamento.

O Projeto 2025 é um plano de ação para a tomada dos Estados Unidos pela oligarquia.

BBC: Isso é mais importante do que as outras medidas tomadas pelo governo Trump, como em relação à imigração, às mudanças das políticas de diversidade ou às tarifas de comércio exterior?

Reich: É muito importante que o público compreenda que a estratégia de Trump e Musk é fazer com que os americanos briguem entre si.

Ao se desfazer das políticas de diversidade, igualdade e inclusão, por exemplo, o governo Trump exacerba tensões dentro dos Estados Unidos. O mesmo acontece quando se vai contra os imigrantes sem documentação válida.

Ele está dividindo os Estados Unidos e causando muita dor às famílias.

Com estas estratégias de dividir as pessoas por raça, etnia e nacionalidade, a oligarquia quer que os americanos fiquem irritados uns contra os outros, para não olharmos para cima e vermos para onde realmente foi toda a riqueza e o poder.

Trata-se de uma estratégia oligárquica clássica.

BBC: De qualquer forma, uma maioria de americanos votou em Trump, sabendo que ele é muito rico e que gosta de ficar rodeado por multimilionários. E é possível que eles vejam esses multimilionários como homens de negócios bem sucedidos, que usaram sua experiência no setor privado para “fazer a América grande novamente”. Qual é o problema com isso?

Reich: O problema é que, nos últimos 40 anos, muitas das pessoas que são muito ricas nos Estados Unidos empregaram sua riqueza para ganhar poder político e mudar as regras do jogo, as regras do nosso sistema político e econômico, para que lhes dessem ainda mais riqueza e poder, mas prejudicando o trabalhador médio.

É por esta razão que, se você ajustar pela inflação, o trabalhador americano comum não teve aumento de receita ou riqueza. E também é por este motivo que os Estados Unidos se tornaram tão extraordinariamente desiguais, em termos de receita ou riqueza, nos últimos 40 anos.

Peter Thiel fundou o PayPal ao lado de Elon Musk. Para Reich, ele faz parte do movimento antidemocrático que vem ganhando poder e influência nos Estados Unidos

Em outras palavras, Trump procurava ser a voz do povo, do trabalhador médio. Mas, na realidade, esta oligarquia emergente conteve o trabalhador médio. E Trump encabeça esta oligarquia emergente.

BBC: E qual seria o papel de Elon Musk, o homem mais rico do mundo, e da autoridade que foi conferida a ele para cortar gastos e regulamentações?

Reich: Elon Musk está fazendo o que Donald Trump não consegue fazer.

Musk e as pessoas que ele trouxe para o chamado Departamento de Eficiência Governamental – que, na verdade, não é um departamento [ministério], já que o Congresso nunca o aprovou – estão fustigando os dados do governo americano, do Tesouro e de outros departamentos. Eles estão obtendo o código de informática que permite deter os gastos e transportá-los para outras finalidades.

Musk é o veículo que serve para a realização deste golpe oligárquico. Ele detém a riqueza e o conhecimento tecnológico com as pessoas que trouxe para fazer o que Trump não poderia fazer com facilidade.

BBC: O sr. também destacou, em um artigo recente, o papel do vice-presidente J. D. Vance neste contexto e a influência exercida por multimilionários como Peter Thiel, um dos fundadores do PayPal, ao lado de Musk. Como seria isso?

Reich: Peter Thiel se autodenomina libertário. Ele escreveu muito sobre sua visão de que a democracia seria incompatível com as liberdades pessoais.

Seu grupo no Vale do Silício e em outros lugares faz parte da oligarquia que pretende substituir a democracia americana pela sua própria riqueza e poder.

É muito importante entender que Peter Thiel e J. D. Vance são muito unidos. A campanha de Vance ao Senado em Ohio, em 2022, foi financiada, em grande parte, por Thiel. Ele investiu nela US$ 15 milhões [cerca de R$ 86 milhões].

Thiel também foi um dos principais investidores da campanha de Trump em 2016. Por isso, ele detém influência. E, quando Trump procurava um vice-presidente, Thiel defendeu que J. D. Vance seria perfeito e ele se tornou vice-presidente.

J. D. Vance já deixou muito claro que, para ele, o governo não está sujeito aos tribunais federais. Esta é uma ideia bastante revolucionária, pois, se o poder judiciário federal não tiver poder sobre o executivo, sobre o presidente e o vice-presidente, eles podem fazer o que quiserem.

Esta noção expressa por J. D. Vance faz parte da tomada de poder do governo federal por esta oligarquia.

BBC: Talvez Trump seja mais negociante do que outros presidentes, mas alguns especialistas defendem que ele detém o poder político em Washington e pessoas como Musk, Zuckerberg e Bezos obedecem a ele e não o contrário. Esta não é uma diferença em relação ao que geralmente se considera uma oligarquia clássica?

Reich: Se Trump é o centro do poder, se Musk é o centro ou se o centro é composto por Musk, Trump, Bezos, Zuckerberg e outros como Rupert Murdoch e Peter Thiel, não tem muita importância.

São todos eles. Eles estão juntos, são o centro da oligarquia e da tomada de controle da democracia americana.

BBC: Outros afirmam que a contribuição econômica das suas empresas, como a Tesla, Meta ou Amazon, é pequena em comparação com outros países frequentemente considerados oligarquias, como a Rússia. O que o sr. pensa a respeito?

Reich: Bem, podemos discutir a contribuição econômica.

Muitas pessoas, como eu, acreditam que essas empresas gigantes, como a Meta, Amazon e SpaceX, por exemplo, são monopólios. E, como monopólios, são ineficientes. Elas fazem com que a economia seja menos dinâmica do que deveria.

Reich testemunhou em comitês dos Estados Unidos sobre temas como a desigualdade de renda

Veja a inteligência artificial. Por que uma pequena empresa chinesa, sem gastar muito, consegue deixar para trás a Google, Meta e todos esses monopólios gigantescos dos Estados Unidos? Porque esses monopólios, na verdade, não são inovadores, pois são muito poderosos e são monopólios.

Esta é a posição adotada pela ex-presidente da Comissão Federal de Comércio, Lina Khan. E acredito que ela tenha razão.

BBC: É verdade que Biden também alertou sobre um crescente “complexo industrial tecnológico que poderia representar perigos reais” para os Estados Unidos. O sr. concorda?

Reich: Sim, pois estas gigantescas empresas tecnológicas são muito poderosas, não apenas como monopólios, mas também para coletar informações sobre os cidadãos americanos e pessoas do resto do mundo.

E este poder sobre os dados é muito perigoso, se estiver concentrado. Ele poderia potencialmente intimidar as pessoas e oferecer à oligarquia ainda mais poder sobre o cidadão comum.

A informação, atualmente, é um ingrediente fundamental em termos de poder e dominação global.

BBC: Qual o sr. considera que seja a raiz do problema para o sistema democrático americano? O financiamento das campanhas? A falta de regulamentação do papel do dinheiro na política? Ou ambos?

Reich: O principal problema do sistema, em primeiro lugar, são as enormes quantidades de dinheiro provenientes de grandes empresas e pessoas muito ricas que dominam a política.

Isso não é algo novo. Mas Donald Trump é o ápice, a consequência de anos deste sistema fora de controle, do grande capital infectando e enfraquecendo a democracia.

Em segundo lugar, vem o fato de que uma parte cada vez maior da economia dos Estados Unidos está nas mãos de menos pessoas, com corporações gigantescas, que se apoderam de diversos mercados e indústrias.

Estes dois fatores andam lado a lado, pois, quando você tem monopólios, existe uma grande quantidade de riqueza acumulada e concentrada em muito poucas mãos. Isso pode ser usado com fins políticos, em contribuições de campanha, para lobby e relações públicas.

Tudo isso, em conjunto, enfraquece a democracia e fortalece a oligarquia.

BBC: Como o sr. vê o papel do Partido Democrata e da oposição em geral nos Estados Unidos, neste início do segundo governo Trump?

Reich: O Partido Democrata não está unido. Não tem uma estratégia. Não tem uma voz clara.

Uma parte do partido está muito preocupada com isso. O ex-presidente Biden articulou muito bem a preocupação com a oligarquia.

Mas existem outros setores do Partido Democrata que querem se aproximar das grandes corporações e dos ricos, dizendo a eles: apoiem as nossas campanhas no futuro. Bem, não é possível ter as duas coisas.

Em sua mensagem de despedida da Casa Branca, Joe Biden alertou contra a oligarquia sendo formada nos Estados Unidos que, a seu ver, é uma ameaça à democracia.

O Partido Democrata precisa ser o partido contra a oligarquia, a favor da democracia, o partido que não depende do grande capital. Ele precisa voltar a ser o partido dos trabalhadores, como foi na década de 1930, com o ex-presidente americano Franklin D. Roosevelt [1882-1945].

BBC: A palavra “oligarquia” costumava ser usada nos Estados Unidos para descrever mais o que acontece na Rússia ou na Europa oriental, longe da realidade de Washington. Isso está mudando?

Reich: Sim. O uso com tanta clareza do termo “oligarquia” pelo ex-presidente Biden representou um grande avanço para que os americanos possam compreender o que está acontecendo.

A confluência de riqueza e poder nas mãos de muito poucos na cúpula dos Estados Unidos é extremamente perigosa para a democracia. É antiética à democracia.

Ela ocorre na Rússia, na China e em outros lugares. E, se não tiverem cuidado, os europeus também terão cada vez mais riqueza e poder nas mãos de menos pessoas.

Isso não é novidade. Na verdade, no final do século 19, tínhamos uma oligarquia nos Estados Unidos, com enorme riqueza e poder nas mãos de muito poucas pessoas.

Ela foi chamada de “Idade Dourada” e os detentores deste tipo de riqueza e poder eram chamados de “barões ladrões”.

No final deste período, na década de 1920, o grande jurista da Suprema Corte Louis Brandeis [1856-1941] declarou aos Estados Unidos, com muita clareza, algo que é igualmente relevante hoje em dia:

“Precisamos escolher. Podemos ter riqueza nas mãos de alguns poucos ou podemos ter democracia. Mas não podemos ter as duas coisas.”

Rainha de bateria da Acadêmicos do Tatuapé, Muriel Quixaba desfila com óculos ‘diferentões’; VÍDEO

Muriel Quixaba, rainha de bateria da Acadêmicos do Tatuapé, chamou a atenção do público no Sambódromo do Anhembi ao usar óculos tecnológicos, durante o desfile deste sábado (1).

Neste ano, Muriel representou a Deusa da Justiça.

Segundo ela, os óculos em seu rosto representam os momentos em que a justiça é cega. Quando eles sobem, simbolizam o momento em que o judiciário deixa de ser cego.

A Acadêmicos do Tatuapé foi a quinta escola a desfilar no Sambódromo do Anhembi, na Zona Norte de São Paulo.

A rainha de bateria da Acadêmicos do Tatuapé, Muriel Quixaba, chamou a atenção do público no Sambódromo do Anhembi ao usar óculos tecnológicos, com iluminação de LED e movimento de sobe e desce, durante o desfile deste sábado (1).

Neste ano, Muriel representou a Deusa da Justiça. Em entrevista ao gshow, ela explicou que o segredo para o movimento do dispositivo está em um botão na sua mão, com o qual ela controla o momento em que os óculos sobem e descem.

Segundo ela, os óculos em seu rosto representam os momentos em que a justiça é cega. Quando eles sobem, simbolizam o momento em que o judiciário deixa de ser cego.

“Como a nossa Justiça ela é cega para algumas coisas, minha fantasia veio mostrando isso. Foram 50 mil cristais e custou cerca de R$ 30 mil”, disse ela ao gshow.

“Como a nossa Justiça ela é cega para algumas coisas, minha fantasia veio mostrando isso. Foram 50 mil cristais e custou cerca de R$ 30 mil”, disse ela ao gshow.

Muriel ainda explicou que o equipamento não a atrapalha durante a avenida.

A Acadêmicos do Tatuapé foi a quinta escola a desfilar no Sambódromo do Anhembi, na Zona Norte de São Paulo.

Neste ano, eles contaram a história da justiça e mostrou como sua jornada, através dos tempos e das culturas, teceu os fios da humanidade em uma rede intricada de valores, lutas e conquistas.

Neymar revela que tremeu ao conhecer Renato Aragão: “Fiquei suado”

Neymar surpreendeu os fãs ao revelar que apenas três personalidades o deixaram nervoso ao conhecê-las. Em entrevista ao PodPah, na última quinta-feira (27), o craque do Santos admitiu que ficou emocionado ao encontrar Renato Aragão, Michael Jordan e Stephen Curry. “Fiquei suado”, brincou o jogador ao lembrar o momento.

“Eu tento ser um ídolo acessível. Mas eu também sou fã de muitos caras”, contou Neymar. O atacante explicou que sua primeira reação foi ao conhecer Renato Aragão, o eterno Didi dos Trapalhões. “Eu tava jantando com minha namorada na época, comecei a suar e a apertar a mão dela. Quando olhei, vi que era o Didi! Tremi na base!”, relatou aos risos.

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Outro encontro marcante aconteceu com Michael Jordan, um dos maiores nomes da NBA. “Meu assessor falou: ‘O Jordan quer te conhecer, ele está lá embaixo te esperando’. Desci tremendo, uma suadeira daquelas. Mas no final fumamos um charuto juntos”, revelou Neymar, demonstrando o impacto do momento. Ele também mencionou Stephen Curry, estrela do basquete norte-americano, como um dos que o fizeram sentir a mesma emoção.

Após 12 anos jogando no exterior por Barcelona, PSG e Al-Hilal, Neymar voltou ao Santos em 2025, reacendendo a paixão da torcida pelo ídolo. Além de brilhar nos gramados, o jogador segue conquistando o público com sua espontaneidade e histórias inusitadas.

O post Neymar revela que tremeu ao conhecer Renato Aragão: “Fiquei suado” foi publicado primeiro em Observatório dos Famosos.

Galã dos anos 90 fala de namoro com Vera Holtz: ‘Curtimos esse momento’

Guilherme Leme e Vera Holtz se conheceram ao dividir a cena e formar um par romântico na novela “De corpo e alma”, no início da década de 1990. Desde então, eles nunca mais se desgrudaram. Atualmente, o ex-galã da TV é dirigido pela atriz na peça “O Estrangeiro Reloaded”, e entrega o romance que eles tiveram no começo dessa parceria pessoal e profissional.

“Eu e Vera temos uma parceria muito bacana há 30 anos. Foi a partir de 1994, 1995, depois que fizemos uma novela juntos. Nós éramos um par romântico de uma novela, ficamos muito próximos, chegamos até a nos apaixonar um pelo outro. Curtimos esse momento, e depois da paixão veio uma grande amizade. Eu e Vera somos da mesma fonte, nós somos caipiras do interior de São Paulo, as nossas famílias são muito parecidas e eu acho que nós dois sempre tivemos o mesmo interesse pelas artes”, disse o ator, famoso por novelas como “Bebê a bordo”, em entrevista à “Mensch”.

Guilherme Leme, hoje 63 anos, abriu uma exceção ao lembrar o namoro com a atriz. Desde o início da carreira, quando estreou na TV na novela “Bambolê”, exibida em 1987, ele tem preservado sua vida particular:

“Eu sempre tive um certo problema com essa coisa de ser celebridade, nunca foi uma coisa que me agradou, porque você fica muito exposto, né? Eu gosto de ir à feira, à padaria, eu gosto de lugares públicos com bastante gente e gosto de ser mais um só ali, e não ser o artista que está ali. Então, de certa forma, até foi isso que me afastou um pouco da televisão”.

Gabriel Davi revela receio de vitória da Beija-Flor no Carnaval 2025

Em entrevista ao especial de Carnaval de João Silva, Gabriel Davi, presidente da Liesa, confessou receio de uma possível vitória da Beija-Flor em 2025. Ele destacou que, por ser filho de Anísio Abraão Davi, patrono da escola, teme questionamentos sobre sua imparcialidade. Apesar disso, afirmou acreditar que a escola dificilmente conquistará o título este ano.

Além de comandar sua primeira gestão à frente da Liga, Gabriel Davi implementou mudanças no Carnaval. Ele ampliou o número de dias de desfiles do Grupo Especial na Marquês de Sapucaí e introduziu uma roda de samba na Praça da Apoteose ao fim de cada noite de apresentações.

Gabriel David e João Silva

Outra novidade foi a reformulação do sistema de credenciais para imprensa, artistas e serviços. Segundo o presidente da Liesa, a organização dos acessos era caótica e precisava ser revista para garantir mais ordem e fluidez nos desfiles.

O que se sabe sobre a morte do premiado ator Gene Hackman e esposa

O astro americano de cinema Gene Hackman, sua esposa, Betsy Arakawa, e seu cachorro foram encontrados mortos em sua casa em Santa Fé, no Estado do Novo México, informaram as autoridades americanas nesta quinta-feira (27/2).

Em uma carreira de mais de seis décadas, Hackman recebeu dois Oscars por seu trabalho em Operação França (melhor ator protagonista) e Os Imperdoáveis (melhor ator coadjuvante).

Uma declaração do xerife do condado de Santa Fé, no Novo México, disse: “Podemos confirmar que Gene Hackman e sua esposa foram encontrados mortos na tarde de quarta-feira (26/2) em sua residência na Sunset Trail.

“Esta é uma investigação em andamento — no entanto, neste momento não acreditamos que crime tenha sido um fator [nas mortes].”

Hackman tinha 95 anos e sua esposa, 64, ela era pianista clássica.

Ele ganhou o Oscar de melhor ator por seu papel como Jimmy “Popeye” Doyle no suspense Operação França, de William Friedkin, em 1971, e também de melhor ator coadjuvante por interpretar Little Bill Daggett no filme de faroeste Os Imperdoáveis, de Clint Eastwood, em 1992.

Seus outros papéis indicados ao Oscar foram no filme Bonnie e Clyde: Uma Rajada de Balas, de 1967, como Buck Barrow, em seu papel de destaque, e em Meu Pai, um Estranho, de 1970, além de um agente policial em Mississippi em Chamas (1988).

O gabinete do xerife do Condado de Santa Fé disse: “Em 26 de fevereiro de 2025, aproximadamente às 13h45, os policiais do Condado de Santa Fé foram enviados a um endereço na Old Sunset Trail, em Hyde Park, onde Gene Hackman, 95, e sua esposa Betsy Arakawa, 64, e um cachorro foram encontrados mortos.”

Gene Hackman é um dos atores mais conhecidos de sua geração

O astro interpretou mais de cem papéis em sua vida, incluindo Lex Luthor em filmes do Superman nas décadas de 1970 e 1980.

Ele também estrelou os filmes de sucesso O Júri, A Conversação (de Francis Ford Coppola) e Os Excêntricos Tenenbaums (de Wes Anderson).

Além de ganhar o Oscar, ele também ganhou dois Bafta, quatro Globos de Ouro e um Screen Actors Guild Award.

Sua última aparição no cinema foi como Monroe Cole em Uma Eleição Muito Atrapalhada, em 2004. Depois disso, ele se afastou de Hollywood para viver uma vida mais tranquila no Novo México.

Gene Hackman esteve em Bonnie e Clyde com Warren Beatty

Nascido na Califórnia em 1930, Hackman se alistou no exército aos 16 anos, tendo mentido sobre sua idade. Ele serviu por quatro anos e meio.

Ele foi destacado para a China, Havaí e Japão antes de ser dispensado em 1951.

Após o serviço militar, depois de viver e trabalhar em Nova York e estudar jornalismo e produção televisiva na Universidade de Illinois, ele decidiu voltar para a Califórnia para perseguir seu sonho de virar ator.

Hackman ingressou na companhia de teatro Pasadena Playhouse na Califórnia, onde fez amizade com o jovem Dustin Hoffman.

“Acho que eu queria ser ator desde os meus 10 anos, talvez até mais novo que isso”, ele disse, em entrevista. “[Por causa de] lembranças dos primeiros filmes que eu tinha visto e atores que eu admirava, como James Cagney, Errol Flynn, esses caras de filmes românticos de ação.”

“Quando vi aqueles atores, senti que poderia fazer isso. Mas fiquei em Nova York por cerca de oito anos antes de ter um emprego. Vendi sapatos femininos, lustrei móveis de couro, dirigi um caminhão.”

“Acho que se você tem força e quer muito, você consegue.”

Ele acrescentou que “queria atuar”, mas “sempre esteve convencido de que os atores tinham que ser bonitos”.

“Isso veio dos dias em que Errol Flynn era meu ídolo. Eu saía do teatro e ficava assustado quando olhava no espelho porque eu não me parecia com Flynn. Eu me sentia como ele.”

Gene Hackman ganhou Oscar pelo filme Operação França

Ele voltou para Nova York em 1963, atuando em produções de teatro fora do circuito da Broadway e com papéis menores na TV.

Foi na década de 1970 que ele começou a ganhar fama, primeiro como o detetive de Nova York Jimmy “Popeye” Doyle, o protagonista de Operação França.

A partir daí, ele se tornou uma figura conhecida do cinema em filmes de catástrofe como O Destino do Poseidon, de 1972.

Hackman e sua primeira esposa, Faye Maltese, ficaram juntos por 30 anos e criaram três filhos antes de se divorciarem em 1986.

Em seus últimos anos, ele e sua segunda esposa, Betsy, uma pianista clássica, ficaram longe dos holofotes, exceto por uma rara aparição pública juntos no Globo de Ouro de 2003, onde ele ganhou o prêmio Cecil B. deMille.

Em 2008, ele disse à Reuters: “Não dei uma entrevista coletiva para anunciar minha aposentadoria, mas sim, não vou mais atuar.”

“Nos últimos anos, me disseram para não dizer isso, caso surgisse algum papel realmente maravilhoso, mas eu realmente não quero mais fazer isso.”

Ele disse que estava se concentrando em sua paixão por escrever romances.

“Fui treinado para ser ator, não uma estrela. Fui treinado para interpretar papéis, não para lidar com fama, agentes, advogados e imprensa”, ele disse, em entrevista.

“Realmente me custa muito emocionalmente me assistir na tela. Penso em mim mesmo, e me sinto muito jovem, mas quando me olho [nos filmes] vejo esse velho com queixos largos, olhos cansados, entradas no cabelo e tudo mais.”

Saiba quem era a bancária violentada e asfixiada por não corresponder a flerte de vizinho em SP

Aline Cristina Giamogeschi, gerente bancária de 31 anos, foi vítima de violência e asfixia por parte de um vizinho em Registro, no interior de São Paulo, após não corresponder ao interesse dele. Ao g1, nesta quarta-feira (26), uma amiga próxima de Aline contou que a vítima “estava em uma fase muito boa da vida”.

O irmão de Aline a encontrou morta e sem roupas após pular o muro de sua casa, no bairro Jardim São Paulo, em Registro, no sábado (22), quando amigos e familiares não conseguiam contato com ela. William, de 22 anos, suspeito do crime, foi preso pela Polícia Civil na terça-feira (25). Há indícios de estupro, mas o laudo ainda não foi divulgado.

A fisioterapeuta Tamara Lourenço, de 34 anos, contou que conheceu Aline em um programa que tem como objetivo proporcionar educação gratuita e de qualidade para crianças, jovens e adultos em regiões de vulnerabilidade socioeconômica.

De acordo com Tamara, elas também chegaram a trabalhar juntas em uma clínica oftalmológica da cidade. A fisioterapeuta ressaltou que Aline era extremamente inteligente e esforçada, então logo começou como estagiária em uma instituição bancária até se tornar gerente da unidade.

“Aline sempre foi extremamente inteligente, educada, simpática e esforçada”, afirmou a amiga. “Ela amava viajar, curtia a vida. Estava em uma fase muito boa da vida”, garantiu a fisioterapeuta.

“Aline sempre foi extremamente inteligente, educada, simpática e esforçada”, afirmou a amiga. “Ela amava viajar, curtia a vida. Estava em uma fase muito boa da vida”, garantiu a fisioterapeuta.

Conforme relatado no boletim de ocorrência, Aline era querida por todos os amigos e funcionários da agência onde trabalhava. Os familiares não souberam informar aos policiais se a vítima mantinha algum relacionamento amoroso.

Último contato

Tamara contou que se mudou para Campinas (SP) e conversou com Aline pela última vez na semana passada. Na ocasião, a vítima disse que Tamara precisava ir para Registro (SP) para “fofocar”.

A fisioterapeuta afirmou que Aline nunca falou sobre o vizinho e, portanto, não acredita que a fofoca fosse sobre o suspeito.

Segundo Tamara, as duas usavam a palavra para se referir a novidades, coisas boas.

“Ninguém no mundo merece morrer da forma que ela morreu, mas a Aline ainda mais porque ela era uma pessoa incrível. Todo mundo que conhecia não tinha nada para falar da Aline”, afirmou Tamara. “Vi que o maldito foi preso e espero que apodreça lá”, finalizou ela.

“Ninguém no mundo merece morrer da forma que ela morreu, mas a Aline ainda mais porque ela era uma pessoa incrível. Todo mundo que conhecia não tinha nada para falar da Aline”, afirmou Tamara. “Vi que o maldito foi preso e espero que apodreça lá”, finalizou ela.

Prisão

Identificado pela corporação apenas como William, o homem de 22 anos já era considerado o principal suspeito. Ele foi detido na terça-feira (25) no bairro onde morava. A ação da polícia contou com o uso de imagens de câmeras de monitoramento.

“Ele confessa [o crime]. Não há dúvida em relação à autoria. A prisão temporária já está decretada”, disse o delegado Marcelo Freitas, em entrevista à TV Tribuna, afiliada da Globo. “Ele morava perto e sabia da rotina dela […] [Sabia do] horário que chegava e saía. Tinha uma admiração por ela que não era correspondida, e decidiu praticar esse grave crime”, completou.

O suspeito foi conduzido à Delegacia de Registro por volta das 19h de terça, onde confessou ter violentado e matado Aline por asfixia. Depois, foi encaminhado à Cadeia Pública da cidade e permaneceu à disposição da Justiça.

Corpo encontrado

Conforme registrado no boletim de ocorrência, Aline estava nua, com um vestido enrolado na cintura e uma roupa íntima na perna esquerda. Ainda de acordo com o documento, haviam manchas no chão próximas ao corpo da bancária que sugerem que ela tenha sido estuprada.

Apesar de a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo ter informado que a vítima estava em cima da própria cama, o BO apontou que Aline estava no chão e que a cama estava desalinhada e afastada da parede. Os policiais não constataram sinais evidentes de luta corporal.

Diante do cenário de morte suspeita e tendo em vista que a vítima não tinha problemas de saúde conhecidos, o local foi preservado para a perícia, que ainda não teve o resultado divulgado pela corporação.

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