
Os moradores da Gardênia Azul, na Zona Oeste do Rio, estão sendo ameaçados por criminosos do Comando Vermelho. Segundo denúncia do RJTV, da TV Globo, eles relataram que os traficantes ameaçam expulsar pessoas que não conseguem comprovar serem proprietárias dos imóveis. As abordagens, feitas com fuzil na mão, estão gerando uma onda de pânico na comunidade.
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Em entrevista ao RJTV, uma moradora falou que essa é uma nova regra imposta pelos criminosos que dominam a região.
“Agora estão querendo que a gente prove que é dono da casa. Se não for dono, será expulso. Os inquilinos que moram de aluguel disseram que vão ser colocados para correr. Se não tiver comprovante e o dono não morar lá, todo mundo será despejado. Foi assim que chegaram lá falando. Ameaçando com um fuzil na mão. Todo mundo está com medo”, contou uma mulher que não quis se identificar.
Ela contou que os criminosos chamam um chaveiro quando não são atendidos pelos moradores.
“Eles batem. Às vezes, chamam o chaveiro para abrir a porta. As pessoas, às vezes, estão trabalhando e, quando chegam em casa, eles já estão lá. Aí dizem que, se não tiver o papel para comprovar que é dono, vão entrar e tomar a casa”, relatou.
Segundo os relatos, o objetivo dos criminosos é retomar qualquer imóvel que tenha ligação com a milícia. Um morador afirmou que os traficantes não aceitam documentos emitidos pela organização criminosa que antes controlava o território, apenas os registrados em cartório.
“Tanto que tem uma casa que tinha tudo dentro. A mulher estava no trabalho, chegou e encontrou os bandidos na casa dela. Fico com receio de chegar em casa e encontrar gente dentro da minha casa, tomando conta”, lamentou uma moradora ao RJTV.
Além da rotina de medo e extorsões, os moradores contaram que os traficantes cobram até o estacionamento feito nas ruas da comunidade para quem não tem garagem em casa.
“É R$ 250, e, se não pagar, eles dizem que vão tomar conta. Estamos à mercê disso todos os dias. Governador, prefeito, ninguém faz nada. Só esperamos, enquanto o medo só piora. Saímos para trabalhar e voltamos com medo de tomarem nossas casas”, contou outra moradora.
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