O Grupo Hospitalar Conceição, estrutura vinculada ao Ministério Saúde e que rege a rede pública do Sul do país, assumiu oficialmente a gestão do Hospital Federal de Bonsucesso. Uma portaria da pasta sobre a transferência da gestão da unidade foi publicada nesta terça-feira no Diário Oficial da União. Com a mudança, a prioridade do grupo é abrir a emergência, salas para cirurgias e mais de 200 leitos, para retomada gradativa de todos os serviços.
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Segundo o Ministério da Saúde, o processo será realizado em etapas, incluindo descentralização da gestão, abastecimento de insumos, infraestrutura e contratação de pessoal. No primeiro momento, mais de 2 mil novos trabalhadores, entre médicos, enfermeiros, auxiliares e funcionários administrativos, serão contratados por meio de processo seletivo. A pasta reforça que os direitos ficam garantidos para todos os servidores efetivos.
Em entrevista ao Bom Dia Rio, a ministra da Saúde Nísia Trindade destacou que o objetivo da mudança é dar capacidade plena ao hospital, criando uma gestão eficiente:
— É um grupo de excelência que mostrou isso no Rio Grande do Sul e vai dar essa contribuição fundamental no Rio de Janeiro. Como eu disse, a direção do Hospital Federal de Bom Sucesso, a partir de hoje, está com a doutora Elaine Lopes, que é uma profissional que estava na Secretaria Municipal de Saúde de Niterói com ampla experiência no Rio. Então não estamos desprezando a experiência daí, mas estamos trazendo o que temos de melhor na gestão hospitalar no Brasil.
Há semanas, funcionários da unidade estão protestando contra a mudança na gestão da unidade. Na portaria publicada hoje, o Ministério da Saúde detalhou que, em até 90 dias contados da publicação do documento, o órgão consultaria servidores públicos pertencentes ao quadro efetivo da pasta e lotados no Hospital Federal do Bonsucesso, acerca de sua intenção em compor a força de trabalho do GHC, no hospital.
No mesmo período também seria feita a “alteração de exercício dos servidores públicos pertencentes ao quadro efetivo do Ministério da Saúde e que manifestarem interesse em compor a força de trabalho” do grupo. Na entrevista na TV Globo, a ministra também foi indagada sobre o que ocorrerá com os funcionários atuais, com a mudança na gestão:
— O direito do trabalho dos servidores é um compromisso nosso. Em relação a outros vínculos, nós vamos abrir um processo seletivo e avaliar as necessidades, a qualidade, o que significa que muitos profissionais que hoje estão lá poderão continuar. Isso tudo vai ser o trabalho realizado nesses próximos 40, 45 dias — disse.
Nos bastidores do Ministério da Saúde, a transferência da unidade para o Grupo Conceição seria a saída da União para tentar reverter o sucateamento do hospital. Concretizada a mudança, uma filial da empresa pública seria aberta no Rio até o fim deste ano. Os detalhes do projeto foram aprovados pelo conselho de administração do grupo. E, no site do GHC, agendas de treinamento e visitas às instalações da unidade federal foram marcadas durante o mês de setembro.
Servidores ocupam a direção do hospital. Os manifestantes temem que a nova administração resulte em demissões, precarização das condições de trabalho e a possível terceirização de serviços. Os trabalhadores também afirmam que o foco da solução deveria estar no aumento de investimentos e na reestruturação da gestão pública da unidade.
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